Diagnóstico e genotipagem do HPV

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Com as novas diretrizes da OMS para o diagnóstico do Papilomavírus Humano, sendo a PCR escolhida como a melhor metodologia para tal, foi comprovado que a genotipagem do HPV é fundamental para a escolha dos tratamentos e acompanhamentos, assim como para testes rastreamentos de câncer de colo de útero. O câncer de colo de útero quando diagnosticado precocemente é a neoplasia com maior sucesso de tratamento, de acordo com a OMS.

Mesmo o câncer cervical sendo o único câncer que pode ser erradicado e que, quando diagnosticado precocemente possui maiores índices de recuperação, sabemos que a taxa de vacinação está bem abaixo do ideal e ainda, as taxas de casos positivos e óbitos estão aumentando a cada ano. [1]

Segundo as diretrizes brasileiras, o rastreio do HPV deve ser iniciado aos 25 anos e mantido periodicamente até os 64 anos, salvos os casos em que o paciente já apresente ou apresentou a lesão.

E como não existe um tratamento específico para o vírus, apenas para as alterações celulares causadas pelo mesmo, é necessária a genotipagem do HPV para saber qual a abordagem terapêutica seguir. 

Tal como bem pontuou o patologista do Laboratório de Genética Molecular do Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Luiz Gustavo Cortes, “é necessária uma construção do paradigma para migrar para o PCR de HPV, pois o Sistema de Saúde no Brasil ainda é baseado no Papanicolau, teste rudimentar e que depende muito da interação humana”. [1]

Genotipagem do HPV – saber o subtipo é fundamental

O genoma do HPV apresenta forma circular, formado por dupla hélice de DNA e mais externamente está recoberto pelo capsídeo. Apesar de ser um vírus pequeno, sua estrutura é complexa.

Ele é dividido em três regiões de acordo principalmente com a sua função: precoce (early = genes E), tardia (late = genes L) e região regulatória contracorrente (URR). [2]

Os genes L codificam as proteínas do capsídeo viral e os genes E codificam as proteínas com funções reguladoras da atividade celular, destacando-se as oncoproteínas E6 e E7, que interferem com a função dos genes celulares supressores de tumores p53 e pRB. [2]

Conforme os dados apresentados pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, são reconhecidos mais de 200 tipos de HPV, com 40 deles específicos da região anogenital.

Em metade dos casos há o potencial oncogênico, que foram divididos em duas categorias: de baixo risco e alto risco, sendo os mais prevalentes:

  • Baixo risco: tipos 6, 11, 40, 42, 43, 54, 61, 70, 72, 81, CP6 108
  • Alto risco: tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 82.

Nos casos de baixo risco, o DNA do HPV se mantém na forma circular sem integração ao DNA celular, conhecida como epissomal. Ele se replica no interior do núcleo da célula hospedeira.

Como o vírus depende do funcionamento celular para se multiplicar, ele induz a duplicação celular, que se manifesta como a infecção viral nas camadas mais superficiais do epitélio e assim passa a liberar cada vez mais partículas virais no ambiente infectado e em sua maioria acarretam quadros de verrugas genitais. [2]

Já nos casos de alto risco, o genoma perde sua forma circular e se integra ao DNA da célula hospedeira. Assim, o vírus passa a expressar suas oncoproteínas, sendo que a E6 inibirá a proteína supressora de tumor p53, e a E7 inibirá a pRb. Isto promoverá a imortalização celular, e como consequência, a depender da condição de cada indivíduo, ocorrerá o aparecimento das lesões precursoras ou mesmo o câncer. [2]

Papanicolau x PCR,

O Papanicolau é um exame que avalia estas lesões precursoras do câncer de colo de útero dividido em 5 classes com suas respectivas subdivisões. Muitas vezes a paciente é portadora de algum subtipo oncogênico de HPV, porém não apresentou ainda alterações celulares. Neste momento é recomendado que o Papanicolau seja feito em uma periodicidade mais curta, ou seja, a cada 6 meses.

Sendo o 16 e 18 responsáveis por 70% dos casos de câncer cervical, a sensibilidade e precisão da PCR é a melhor maneira de estabelecer a presença e genotipagem do HPV e consequentemente seguir com um acompanhamento mais próximo e criterioso.

Saiba como o seu laboratório pode oferecer PCR para HPV

A demanda pelos exames moleculares está crescendo e sabemos que nem sempre é possível montar uma estrutura de análise interna uma vez que essa requer altos investimentos.

Por isso, a opção mais segura e a mais adotada pelos laboratórios de análises clínicas, independente do seu tamanho, é a parceria estratégica com os Laboratórios de Apoio.

Dessa maneira, você garante que seus clientes tenham acesso a testes mais completos e confiáveis além de reforçar a sua presença no mercado.

O que você precisa saber para escolher um Laboratório de Apoio

Certifique-se que o Laboratório de Apoio que você escolher como parceiro tenha dentre outras opções de exames, recursos para a sua realização. A falta de insumos, principalmente para os testes de captura híbrida para HPV, tem sido recorrente, ocasionando o atraso de milhares de diagnósticos e comprometendo a saúde de homens e mulheres brasileiras.

Além disso, é importante observar como são feitos as coletas e os transportes das amostras, uma vez que estes são requisitos importantes para não perder a sensibilidade do teste.

Parceria para a saúde da mulher

Sendo um parceiro do Base Científica, o seu laboratório terá acesso a um amplo menu de testes moleculares para a saúde da mulher, indo além da captura híbrida e  detecção e genotipagem de HPV por PCR. 

Possuímos equipe especializada, coleta diária, entrega rápida de resultados e estoque de insumos e reagentes para garantir o fluxo das entregas.

Caso você queira saber mais sobre a parceira com o Laboratório Base Científica, testes moleculares para a saúde da mulherou a genotipagem do HPV, entre em contato com a nossa equipe. Teremos o prazer em atendê-lo(a).

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