Boletim Epidemiológico InfoGripe alerta para aumento da infecção por vírus sincicial em crianças

vírus sincicial

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O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma grande preocupação para pais e pediatras, devido à sua alta capacidade de proliferação e contágio, levando a sucessivos surtos que lotam os pronto-atendimentos pediátricos. Pertencente ao gênero dos pneumovírus, o VSR se instala nas vias respiratórias, podendo atingir os pulmões e os brônquios, sendo o principal agente relacionado à bronquiolite, especialmente em crianças menores de dois anos. 

Apesar de ter sazonalidade no outono e inverno, o vírus sincicial foi responsável por 59% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados em crianças de 0 a 4 anos nas últimas três semanas epidemiológicas de 2022 e na primeira semana epidemiológica de 2023, segundo o boletim epidemiológico de monitoramento de SRAG, InfoGripe, produzido pela Fiocruz. 

O período analisado, de 11/12/2022 a 07/01/2023, marca o fim da primavera e início do verão no Brasil, um período chuvoso que também favorece a disseminação do vírus. Ainda assim, a alta circulação nessa época é atípica, assim como os surtos recentes de síndromes gripais por H3N2. Entre o público adolescente e adulto, o SARS-Cov 2, causador da covid-19, segue como o maior responsável por casos e óbitos por SRAG, respondendo por 96,6% das mortes registradas no período.

Os resultados do InfoGripe apontam para uma necessidade de manter o incentivo à vacinação da população adulta contra a covid-19 e ampliar a vacinação infantil, que ainda registra baixos índices de cobertura. Além da indispensável vigilância aos vírus que causam doenças respiratórias, mantendo em alta a demanda por exames laboratoriais, como os exames moleculares de PCR que, além de identificar o vírus causador da infecção, permite monitorar o surgimento de novas cepas e aquelas mais circulantes.

Por que o aumento de infecções por vírus sincicial é motivo de alerta?

O VSR é um dos vírus respiratórios de circulação mais comum na primeira infância, assim como o Influenza, respondendo por até um terço das infecções respiratórias em crianças de até cinco anos. Estima-se que até os três anos, todas as crianças terão tido algum contato com o vírus. Em casos brandos, os sintomas são semelhantes a gripes e resfriados comuns, com coriza, tosse, dores de cabeça, de garganta, mal-estar e febre baixa.  

Diferente de outras doenças da infância, como catapora e caxumba, a infecção por VSR não gera imunidade. Dessa forma, é possível se contaminar com o vírus diversas vezes ao longo da vida. Ainda assim, o sistema imunológico cria alguma memória e as infecções em repetição tendem a ser mais brandas e até mesmo sem sintomas em adolescentes e adultos.

A grande preocupação com o vírus é quando ele acomete crianças menores de dois anos, que ainda têm o sistema imunológico muito imaturo; bebês prematuros e crianças com cardiopatias ou outras doenças que acometem o sistema respiratório. Nesses pacientes, o risco de uma internação hospitalar é até 16 vezes maior, com rápida piora do padrão respiratório, causando febre alta, cianose nos lábios e dedos, sibilos e uma infecção grave nos brônquios e alvéolos pulmonares. 

Pacientes que evoluem para formas graves da infecção pelo vírus sincicial também têm mais risco de desenvolverem doenças respiratórias crônicas, como a bronquite e a asma.

Causas de surtos fora da sazonalidade de vírus sincicial e outras infecções respiratórias

O isolamento provocado pela epidemia de covid-19 é a principal explicação apresentada pelos epidemiologistas para os atuais surtos de infecções respiratórias causadas por outros vírus que não o SARS-CoV 2, principalmente fora do período sazonal.

Como os principais ambientes de socialização permaneceram fechados ou com acesso restrito, em especial escolas e creches, as crianças não tiveram oportunidade de contato com esses vírus. Outro fator de grande influência na redução da exposição a esses patógenos foi a ampla adoção de medidas de prevenção à covid-19, como o uso de máscaras, a restrição a aglomerações e uma maior vigilância em relação à higiene das mãos. 

Essas ações resultaram na baixa circulação desses vírus, diante dos cuidados com gotículas respiratórias e contato com superfícies contaminadas, que são seus principais veículos de transmissão.

Com o afrouxamento dessas medidas, dois anos após o início da pandemia, além de retomar as condições favoráveis para sua circulação, esses vírus encontraram um grande contingente de indivíduos que nunca estiveram expostos a eles. No caso do vírus sincicial, são ao menos três coortes de crianças até três anos que já deveriam tê-lo encontrado ao menos uma vez, mas que apenas agora estão sendo expostas, elevando rapidamente os casos de infecção por VSR, como demonstrado no InfoGripe da Fiocruz. 

Como os laboratórios podem se preparar para ofertar exames fora da sazonalidade de doenças respiratórias

Embora a epidemia de covid-19 esteja mais controlada, devido ao avanço da vacinação, a doença ainda não demonstra um padrão de sazonalidade, como o esperado para a maioria das doenças respiratórias. Dessa forma, manter no portfólio exames para detecção da doença segue sendo uma boa fonte de faturamento para os laboratórios. 

Apesar do crescimento na oferta de testes rápidos para covid-19, o exame PCR segue sendo o padrão ouro para a detecção das diferentes cepas do vírus que causa a doença. 

A circulação simultânea de diferentes vírus que causam infecções respiratórias gera uma ansiedade nos pacientes não apenas para descartar a covid-19, como também para identificar os patógenos por trás de sintomas mais severos, possibilitando o uso de outras estratégias de tratamento, uso de retrovirais mais específicos e até mesmo para evitar o uso desnecessário de medicamentos em quadros de infecções virais mais complexas, como as causadas pelo VSR. 

“É de suma importância a identificação dos patógenos causadores de quadros respiratórios, permitindo uma intervenção mais rápida e assertiva nos casos críticos e graves, sendo assim a PCR hoje se tornou uma ferramenta fundamental e acessível para otimizar este processo.” 

Alexandra Reis, Diretora Científica do Laboratório Base Científica, Ph.D em Biologia Molecular e Especialista em Doenças Infecciosas

Dessa forma, ofertar um portfólio amplo de análise de vírus respiratórios possibilita atender a esse demanda dentro ou fora da sazonalidade prevista.

Como ter acesso aos painéis de exames respiratórios do Base Científica

No Base Científica ofertamos aos nossos laboratórios parceiros vários painéis para detecção de  infecções respiratórias que contemplam os principais vírus em circulação no Brasil, como SARS-CoV-2, Influenza (A e B), vírus sincicial respiratório (RSV A e B), Metapneumovírus, Parainfluenza, Adenovírus e Rhinovírus.

As coletas são feitas diariamente, de segunda a sábado, e o resultado é disponibilizado em 24 horas. As amostras podem ser coletas por swab nasofaringe, swab orofaringe, lavado ou aspirado broncoalveolar e escarro.

Ao se tornar um parceiro do Base Científica, seu laboratório terá acesso aos principais exames moleculares para detecção de vírus respiratório com as melhores condições de valor, faturamento e prazo de entrega de resultados. 

Outra vantagem é que todos os planos de saúde têm cobertura para exames PCR, ampliando as oportunidades de novos clientes para além de pacientes particulares, atendendo plenamente a uma demanda por diagnóstico de doenças respiratórias que já independe de sazonalidade.

Entre em contato e tire todas as suas dúvidas sobre como se tornar um laboratório parceiro do Base Científica.

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