Saúde da Mulher: 4 exames que o seu laboratório precisa ter

Medico saúde da mulher

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Enquanto continuamos a coletar informações sobre as consequências da pandemia para a Saúde da Mulher, podemos apontar a urgente necessidade da realização de alguns testes moleculares voltados para esse público.

E dizemos testes moleculares, pois somente eles possuem a tecnologia capaz de identificar exatamente qual o patógeno responsável pela infecção das pacientes.

De todas as patologias que afetam as mulheres, selecionamos as 4 principais que afetam a população brasileira e, que precisam de mais atenção das autoridades, clínicas e médicos. Confira:

1 – HPV

Considerado uma infecção sexualmente transmissível, o HPV é responsável pelos casos de câncer de colo do útero, sendo os tipos 16 e 18 causadores de 70% dos cânceres cervicais.

Porém, o HPV pode ainda causar outras complicações para as mulheres como câncer do ânus, vulva, vagina ou orofaringe, assim como doenças cardiovasculares [1].

Quando não identificado e tratado, o vírus pode ainda passar de mãe para filho no momento do parto, tendo o potencial de desenvolvimento da papilomatose respiratória juvenil, mesmo que em raras ocasiões, causadas principalmente pelos subtipos 6 e 11.

Esse cenário poderia ser “facilmente” revertido já que existem vacinas e métodos contraceptivos disponíveis gratuitamente pelo SUS.

E como mais uma medida de incentivo e estratégia, a OMS anunciou recentemente “que uma dose de uma das vacinas disponíveis no mundo pode oferecer proteção significativa e não desprezível contra o vírus que causa o câncer de colo de útero (HPV), em algumas situações, podendo ser equivalente às duas doses que são recomendadas atualmente para adolescentes.” [2]

Enquanto esperamos mais comprovações dessa dose única, ressaltamos que as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra o HPV.

Conforme indica o INCA, “Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.”

Infelizmente, a taxa de adesão vacinal está abaixo do esperado nos principais estados brasileiros [2] o que causa sérias preocupações e consequências. Para não vermos esses números aumentarem, precisamos reforçar as campanhas e oferecer cuidados de excelência.

Portanto, é fundamental que o seu laboratório tenha disponível os Painéis de  HPV — realizados com a metodologia qPCR, realizam a detecção e a genotipagem de HPV de alto e baixo risco, além dos tipos 16 e 18 responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais e os tipos 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, considerados não oncogênicos [3], ele detecta no total 28 subtipos (19 oncogênicos e 9 não oncogênicos) mais frequentes.

Várias pesquisas já foram publicadas mostrando a maior eficiência do PCR na detecção do HPV e que ele é um excelente exame preventivo de câncer de colo de útero, “o comparativo é com o exame de Papanicolau, que identifica células já doentes. A detecção do câncer nas mulheres que fizeram o teste de DNA-HPV foi antecipada em dez anos, ainda em estágios iniciais.” [4]

Como afirma o pesquisador e diretor de Oncologia do Hospital da Mulher (Caism) da Unicamp, Dr. Júlio César Teixeira, “Com o novo teste, detectamos os cânceres que iriam surgir nos próximos dez anos na cidade. Nós já detectamos em fases iniciais, com chances de cura próximas de 100%”. [4]

2 – Câncer

Conforme apontam a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e o INCA, existem tumores que afetam e afetarão mais mulheres que homens. “Exceto o câncer de pele não melanoma, os cânceres de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,5%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%) figurarão entre os principais.” [5]

Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver estes tumores, tais como: idade, fatores endócrinos, fatores ambientais e fatores genéticos

ADAMI, H.; HUNTER, D.; TRICHOPOULOS, D. (ed.). Textbook of cancer epidemiology. 2. ed. Oxford: Oxford University Press, 2008.

Entre os tumores que acometem mulheres jovens está o câncer de mama e, dentre os fatores hereditários, temos algumas mutações relacionadas a determinados genes.

Essas mutações são comumente encontradas nos genes BRCA1 e BRCA2, mas também são frequentes em outros genes como: PALB2, CHEK2, BARD1, ATM, RAD51C, RAD51D e TP53

BREAST CANCER ASSOCIATION CONSORTIUM et al. Breast Cancer Risk Genes – Association Analysis in More than 113,000 Women. The New England Journal of Medicine, Boston, v. 384, n. 5, p. 428-439, Feb 2021. DOI 10.1056/NEJMoa1913948.

Para as mulheres, as mutações hereditárias específicas em BRCA1 e BRAC2 significam um aumento no risco de câncer de mama e câncer de ovário. As mulheres que herdam essas mutações tendem a desenvolver o câncer mais novas que as que não apresentam. [6]

No Base Científica existem os painéis oncológicos que cobrem diversas mutações genéticas responsáveis por esses e outros cânceres, como o câncer endócrino, endometrial e mama e ovários hereditários.

3 – Endometriose

Cerca de 6 milhões de mulheres brasileiras possuem o diagnóstico de endometriose. Conforme a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e há 30% de chance de que fiquem estéreis.

Ainda que não possamos afirmar a hereditariedade da endometriose, é sabido que existe uma tendência familiar no desenvolvimento da mesma. Se a mãe ou a irmã de uma mulher possui a doença, ela tem um risco sete vezes maior de desenvolvê-la do que as outras. [7]

Cerce de 20% das mulheres com endometriose afirmam sentirem dores incapacitantes [8] comprometendo a sua atuação no dia a dia.

O nosso Painel Genético Ginecológico avalia 11 variantes genéticas localizadas em diversas regiões genômicas para identificar uma predisposição ao desenvolvimento da Síndrome do Ovário Policístico e da Endometriose, auxiliando na elaboração de estratégias para a prevenção e tratamento destas condições clínicas, melhorando a saúde da mulher e sua qualidade de vida.

4 – Trombose

A trombose não é uma condição exclusiva das mulheres, porém, elas são apresentadas geralmente juntas já que um dos fatores de risco para a trombose é a gravidez, o pós-parto ou o uso de contraceptivos orais.

Além disso, os hormônios femininos tendem a provocar distúrbios da coagulação sanguínea em pessoas que já têm histórico de trombose na família [9]. E existe também o risco do desenvolvimento do tromboembolismo venoso quando não diagnosticado a tempo.

O uso de contraceptivos orais resulta em um aumento aproximado de três vezes o risco de trombose venosa e de tromboembolismo pulmonar, já que a quantidade de hormônios presentes neles pode se ligar a receptores no endotélio e afetar a coagulação sanguínea. Esse risco é ainda maior em portadores de mutações na protrombina e no fator V de Leiden, sendo o risco de 30 a 80 vezes maior que a população.

Franco RF, Reitsma PH. Review article: Genetic risk factors of venous thrombosis. Human Genetics. (2001) 109: 369-384.

Nós também possuímos um Painel Molecular para as trombofilias, com a detecção de 6 variantes genéticas através da metodologia qPCR ou mesmo estes polimorfismos (SNPs) separados.

Como ressaltamos no artigo “A importância do diagnóstico de trombofilia” existe também a relação entre a covid-19 e a trombose, estudos mostram que nas pessoas que não foram vacinadas e apresentam diagnóstico positivo para o Sars-CoV-2, percebeu-se o aumento na formação de coágulos.

Porque o seu laboratório precisa desses exames?

Além das mulheres representarem a maioria no país, são elas que se preocupam mais com a saúde, tanto para medidas de prevenção quanto em exames de rotinas. [10]

Ademais, os testes moleculares possuem o reconhecimento internacional de qualidade, eficácia e confiabilidade.

Nos laboratórios, os painéis moleculares agilizam os processos já que são executados em uma única reação, de forma automatizada.

Financeiramente, eles representam uma significativa redução de custos em relação aos testes individuais — o custo é mais baixo e os planos de saúde pagam cada teste individualmente, o que deixa a operação mais rentável.

Saiba como melhorar a lucratividade do seu laboratório aqui.

Oferecer testes moleculares visando a Saúde da Mulher é uma oportunidade para você se firmar como referência regional e enfrentar a concorrência das grandes redes de laboratórios, que estão crescendo cada vez mais rápido e se espalhando pelo país.

Implantar esses testes em parceria com o Base Científica possui custo zero e você pode redirecionar seus investimentos e estratégias para campanhas de marketing e comunicação direcionadas a clínicas e médicos especializados.


Referências

[1] https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCRESAHA.118.313779
[2] https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/1458-recomendacao-da-oms-sobre-a-dose-unica-da-vacina-hpv-a-realidade-do-brasil
[3] https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/hpv#:~:text=Dentre%20os%20HPV%20de%20alto,lar%C3%ADngeos%2C%20s%C3%A3o%20considerados%20n%C3%A3o%20oncog%C3%AAnicos.
[4] https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-11/pesquisa-comprova-maior-eficacia-de-teste-hpv-para-deteccao-de-cancer [5]https://www.inca.gov.br/estimativa/introducao#:~:text=Nas%20mulheres%2C%20exceto%20o%20c%C3%A2ncer,29%2C5%25%20em%20mulheres.
[6] http://www.oncoguia.org.br/conteudo/brca1-e-brca2/13920/1227/
[7] https://sbendometriose.com.br/publico/#FAQ
[8] https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/endometriose
[9] https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/tromboembolismo-venoso
[10] https://abramed.org.br/2906/abramed-lanca-quarta-edicao-de-painel-dedicado-ao-setor-de-medicina-diagnostica/#:~:text=A%20Abramed%20(Associa%C3%A7%C3%A3o%20Brasileira%20de,de%20medicina%20diagn%C3%B3stica%20no%20Brasil.




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